domingo, 10 de fevereiro de 2013

O MISTÉRIO DAS PIRAMIDES

Como é bem conhecido, há literalmente centenas de pirâmides de vários estilos espalhadas pela Terra, na Europa, África, Oriente Médio e além, na Ásia Setentrional e no Pacífico Sul, e nas Américas. Curiosamente, o Brasil, em se tratando do quinto maior país do mundo e com longas porções de terras, é estranho que “nunca” se tenha ouvido noticias referentes a descobertas de pirâmides por aqui. O norte do país tem enormes áreas inabitadas, concentrando a maior floresta do mundo, do qual, procurar uma pirâmide ali, seria como procurar uma agulho no palheiro, mas há quem afirme com veemência, que elas estão lá cobertas pela mata.

As pirâmides mais conhecidas e fascinantes sem duvida são as egípcias, por despertarem certas duvidas de como foram construídas, e como sobreviveram aos efeitos do tempo.

Pirâmides de Gisé

A precisão de encaixe destas pedras, considerando o conjunto, é de 0,015cm / 100m (nem os mais modernos construtores de submarinos chegam neste grau de precisão – a precisão de projeto de um submarino nuclear é de 0,08cm / 100m na mesma escala). No caso de errar um centímetro no começo, os lados nunca iriam se encontrar no alto.
A grande pirâmide, tem uma base como mais de 50.000², mais de 1 milhão de blocos, orientada para os quatro pontos cardeais.Ao contrario do que a pessoas imaginam, as pirâmides foram feitas usando blocos retirados de uma pedreira no próprio planalto de Gisé, e eram transportados por trenós ou sobre toras.

Quem as construiu?

O historiador grego Heródoto escreveu que 100.000 homens trabalharam durante 20 anos na construção da Grande Pirâmide.
Um coronel do exército inglês tentou resolver o enigma dos construtores das pirâmides no século 19 usando força bruta. O domínio do império inglês sobre o que restava do egípcio ajudou. Vyse dinamitou um buraco no lado oeste da Grande Pirâmide, porque pensou haver uma segunda entrada, e cavou um túnel diretamente pelo centro da pirâmide de Miquerinos. Ambas as campanhas foram malsucedidas e não trouxeram nenhum resultado. Além dos próprios buracos, claro.
Contudo, em 1837 ele dinamitou mais um duto vertical sobre uma câmara nova descoberta acima da câmara do rei na Grande Pirâmide – e enfim teve sucesso. Já era hora. Os métodos nada louváveis ao menos produziram um resultado espetacular. Vyse descobriu quatro câmaras novas jamais visitadas por nenhum ser vivo desde que a pirâmide havia sido construída.
E no interior de uma dessas câmaras, surpresa. Havia inscrições com o nome do faraó que construiu a Grande Pirâmide. O bom e velho Quéops.

A quinta câmara possui uma inscrição com o nome de um dos grupos que trabalharam na pirâmide, a inscrição foi feita com tinta vermelha (mafet). O nome de um desses grupos era “os seguidores de queops”.

Curiosidades

* As três pirâmides estão conectadas com a constelação de Órion (Três Marias) numa precisão incrivel.
* Cada lado da pirâmide aponta EXATAMENTE para Norte, Sul, Leste e Oeste. Nem o observátorio astronômico de Paris tem uma precisão de pontos cardeais como as pirâmides.
* A base da pirâmide de Khufu mede 230,38 metros. Se você multiplicar essa medida por 2 e dividir pela altura da pirâmide (146,6 metros), você tem o famoso número PI (3,14).
* Se multiplicar a altura da Grande Pirâmide por 1 bilhão, você terá a distância da Terra ao Sol.
* As pirâmides são o ''umbigo'' do mundo. Se você traçar uma linha num planisfério de pólo a pólo, passando pelas pirâmides, essa linha dividirá a Terra em duas partes exatamente igual. De leste da linha terá a mesma quantidade de terras e águas do que a oeste !!!

Pirâmide em Teotihuacan


Sobreposição das pirâmides de Gisé sobre as de Teotihucan

Algumas pirâmides do mundo...

Zigurate construído por volta do século XXI a.c

Pirâmide de degrau em Saqqara


Imhotep 2650 a 2600 .ac (o primeiro construtor de pirâmides)até então os reis eram enterrados em simples mastabas, foi quando então Imhotep teve a idéia de colocar uma mastaba em cima da outra, criando então varias camadas surgindo assim a pirâmide de degraus (rei Djoser).

Pirâmide Uxmal no Mexico



Pirâmide do tigre Guatemala
Pirâmide Cahuachi no Peru

Pirâmide cani sukuh em Java


Pirâmide submersa yonaguni Japão
Yonaguni-Jima: Situado entre o Mar da China Oriental e o Mar Filipino, aproximadamente a 300 milhas de Okinawa, está a ilha de Yonaguni-Jima. Em sua costa há um enorme monumento aparentemente feito pelo homem com aproximadamente 30 m abaixo da superfície. É uma pirâmide de 182 m de plataforma por 27.5 m de altura erguida de pedras megalíticas precisamente cortadas. A pirâmide, aparentemente parte de um centro cerimonial, foi datada em 8000 a.C., 5000 anos antes da pirâmide mais antiga do Egito!






Suposta pirâmide em Natividade da Serra/SP

1. Antecedentes.
Com base em fotos do local cedidas por arqueólogo amador em 2003 foi aventada a hipótese de existir ali uma edificação antiga segundo uma estrutura anômala de forma piramidal. Foi reunido e analisado então pelo autor um significativo acervo bibliográfico envolvendo Arqueologia, principalmente monumentos arqueológicos e Sensoriamento Remoto. Discussões com jornalistas e historiadores se seguiram e algumas reportagens em jornais foram editadas. Exemplo de uma delas, editada no Jornal Gazeta do Povo de Curitiba, encontra-se anexa.
Um descritivo parcial elaborado a partir das fotos recebidas e da leitura de mapa geológico e de imagens de satélite foi elaborado pelo autor e enviado em 2009 para o Ministério Público Federal-Procuradoria da República em Taubaté. Cópia desta nota técnica se encontra também anexa a este documento e deve ser lida antes da leitura deste.
Como se desprende da leitura da nota técnica foi prometido uma visita ao campo para verificar localmente o afloramento dos blocos, sua natureza geológica e distribuição espacial.
Este documento apresenta as informações coletadas em campo e parte da documentação fotográfica recebida do arqueólogo amador bem como parte do acervo de fotos tomadas pelo autor na visita realizada no dia 30 de setembro de 2009. Trata também da frustração do autor ao se defrontar com o edifício totalmente desmontado e removido do local.
2. Localização.
O sítio de estudo se localiza nos fundos do Hotel Fazenda Palmeiras, no bairro de mesmo nome do Município de Natividade da Serra. O hotel e o bairro situam-se logo na margem direita do Rio Paraibuna. O acesso é feito pela Rodovia Osvaldo Cruz no ponto GPS S:23:20:23 e W:45:16:31. A porteira do Hotel Fazenda se localiza no GPS S: 23:25:07 e W 45:17:22 e as coordenadas do sítio da feição são: GPS S:23:25:08 e W 45:17:49. O mapa da Figura 1 mostra a localização do bairro segundo uma leitura mais regional.
O acesso local ao sítio se faz pela vicinal que passa em frente à Igreja, seguindo por 500 metros, dali toma-se a direita pelo campo buscando a Cachoeira da Porciana. O sítio de interesse está logo antes da queda final da cachoeira do lado esquerdo. Nele ainda está mantido a estrutura de madeira triangular utilizada para erguer os blocos rochosos que compunham o edifício original. As fotos 2 e 3 mostram a trilha que segue pelo campo em direção ao sítio que se localiza nos fundos das fotos à esquerda. A Cachoeira da Porciana está nos fundos à direita. As duas fotos foram tomadas na direção norte a partir da margem da vicinal que passa em frente à igrejinha do bairro, respectivamente em 2003 e 2009.
3. Materiais Utilizados.
Foram usadas cartas, mapas e imagens descritas abaixo:
-Carta Topográfica da FIBGE-Folha Natividade da Serra (SF-23-YD-III) 1:50.000, 1974.
-Mapa Geológico do Estado de São Paulo do IPT, escala 1:500.000, 1981.
-Imagem digital do satélite LANDSAT-5 gravada em julho de 1998 (figura 4).
-Imagem digital CCD do satélite CBERS-2B gravada em julho de 2007 (figura 5).
-Imagem digital HRC do satélite CBERS-2B gravada em setembro de 2008 (figura 6).
Além destes materiais foi estudado o acervo bibliográfico apresentado ao final desde documento.
4. Observações em Campo.
4.1. Rochas aflorantes.
A área é composta por um morro forrado de blocos de rocha magmática máfica composta predominantemente de piroxenos e plagioclásios que lhe conferem uma dureza acima da média e uma homogeneidade muito grande. A camada de alteração intempérica é mínima (figura 7) e sua dureza facilita o lascamento e a esculturação em grandes blocos monolíticos, alguns da ordem de toneladas como se pode desprender das fotos coletadas pelo arqueólogo amador quando da primeira visita em 2003 (figuras 8 e 9).
Estas rochas evoluíram nos primórdios da consolidação dos terrenos cristalinos paulistas e pertencem a um pacote denominado Arqueano B, petrograficamente classificadas como Charnoquitos e datadas como mais antigas que 2.2 bilhões de anos, segundo critérios geocronológicos (Mapa Geológico-IPT/1981).
4.2. Registros Arqueológicos.
A figura 10 explica claramente a frustração que tomou conta do autor quando se defrontou com o local-objeto da investigação. O edifício havia sido totalmente removido tendo sobrado apenas um monólito além da armação utilizada no seu desmonte. No sítio onde se encontravam mais de uma dezena de grandes monólitos edificados como mostra as fotos das figuras 8 e 9 de 2003 sobrou apenas o terrapleno e o aterro. Todo o edifício havia sido removido como mostra a figura 11.
Não se conhece até agora as causas da remoção dos blocos nem tampouco o local para onde foram transpostos. Não deve ter sido para qualquer lugar dado o volume dos monólitos bem como dos seus pesos descomunais. Para se ter uma idéia o monólito de rocha granulítica remanescente mediu 1,75 metros de altura e sua base 0.75×0,35 metros.
Não apenas os grandes blocos foram recolhidos mas também pequenas amostras e seixos foram retirados do local. Não sobraram testemunhos que pudessem sustentar uma hipótese científica para a origem das edificações do local. A certeza que se tem a partir das fotos antigas (2003) é que os bloco são artifactos muito grandes e muito pesados dispostos segundo uma estrutura piramidal cuja finalidade é ,ainda, desconhecida.

PARECER TÉCNICO
Em atenção ao Oficio 33/208 de 11 de janeiro de 2008 onde V.Sa. solicita informações sobre a existência de estudos sobre a feição anômala de Natividade da Serra, informamos:
1. Efetivamente fomos apresentados á feição através de fotografias do local trazidas ao INPE por pessoa que se interessa por arqueologia e que teve a oportunidade de visitar o local como turista.
2. A análise feita nestas fotos mostrou que o local é conformado por blocos de rocha cristalina com formas não compatíveis com aquelas que seriam de se esperar, a partir de um processo erosivo tradicional. Ao invés de uma esfoliação esferoidal, na verdade os blocos se apresentavam tipicamente com arestas vivas, cortados segundo grandes paralelepípedos com aproximadamente 2 metros de altura e base de 1 m2, aproximadamente, seguindo a escala de pessoas que se encontravam ao redor.
3. Especialmente um bloco, este sub-arredondado, mas com uma aresta viva no topo, nos chamou atenção por mostrar uma textura granular típica de rocha bem rara, que costuma ocorrer no derrames vulcânicos submarinos, no inicio de um processo formador de montanhas. Esta textura é conhecida na literatura geológica como “spinifex”. Tratava-se portanto de rochas muito antigas. O mapa geológico da região editado pelo IPT aponta aquela seqüência de rochas como pertencentes ao Complexo Costeiro, cujas datações alcançam mais de 2.5 bilhões de anos.
4. A organização estrutural da feição e o fato de ser edificada por rochas ímpares, cuja escultura (em pedra) não é parte da cultura dos nossos paleoíndios brasileiros, chamou nossa atenção de que poderia se tratar de um monumento de origem arqueológica mais antiga do que as culturas comumente conhecidas no Brasil.
5. Assim, procuramos paralelos, tanto na literatura arqueológica quanto na literatura de Sensoriamento Remoto. Encontramos paralelos em vários locais, ressaltando-se os monumentos pré-colombianos do sudoeste americano e aquele do Stonehenge, na Grã-Bretanha. Reconhecemos também outros monumentos ou sinalizadores descritos na costa da Inglaterra que seriam indicadores ou atalaias para os antigos navegadores se comunicarem, por serem as rotas recorrentes no tempo, assim como são também os sítios arqueológicos tradicionais. Artefatos em rochas cristalinas na América do Sul é particularidade dos incas e dos seus ancestrais que trabalhavam um tipo de rocha granítica ou granitóide pouco fraturada, de textura muito homogênea que permite escultura em grandes blocos. Este parece também ser o caso de Natividade da Serra.
6. Devemos lhe informar por fim de que não publicamos até agora nenhum trabalho cientifico sobre o assunto, visto que as dúvidas são bem maiores do que as certezas. Existem as reportagens de jornal que traduzem bastante o que já sabemos, mas também traz muito do entusiasmo natural que estes assuntos provocam nos editores de notícias.
7. Observamos também que não fizemos nenhuma visita ao local, o que deverá ocorrer assim que estivermos com todas as informações de escritório prontas.
Ficamos à sua disposição para outros esclarecimentos.
Paulo Roberto Martini
Geólogo

Um comentário:

  1. A chamada “pirâmide de Natividade da Serra ” foi uma infeliz classificação feita por algumas pessoas, o que prejudicou a apreciação de um sitio arqueológico diferente e interessantíssimo.

    Não há pirâmide no local mas sim uma ruína com características similares às de civilizações dos Andes por mais estranho que pareça. Isso assustou alguns acadêmicos, acostumados a tratar comunmente de cacos cerâmicos e pontas de flecha ou depósitos de lixo do século passado nos subúrbios de São Paulo.
    Este sitio arqueológico está sendo ignorado pelos organismos oficiais de maneira irresponsável e pedante. Esse descaso foi denunciado ao Ministério Publico Federal e esta agora está em exame na 4ª câmara desse organismo, em Brasília.
    Quem quiser ter informações atualizadas do caso veja o blog :

    sitioarqueologicofazendapalmeiras.blogspot.com

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